“Eu” e o Sistema da Educação


“As escolas não deveriam medir a inteligência e competência do aluno tão somente nas notas que ele tem, mas sim no valor do que ele pensa e faz.”

            É com a frase acima, que pensei enquanto refletia sobre professores que ficam estagnados por causa de notas baixas, que eu início este texto. Como você deve estar pensando, a crítica que estou me propondo a fazer é sim por causa que fui ignorado ou boicotado pelo fato de não ter ido bem neste bimestre (Agosto-Outubro). Talvez seja um pouco errôneo de minha parte postar sobre isso, sendo que sou um Presidente de Grêmio, e por esse motivo fui duramente criticado pelo meu rendimento.
            Um problema que tenho é ter uma personalidade complicada. Eu as vezes não aprendo satisfatóriamente pelo fato que simplesmente não desejo, isso por algum fator externo ou que venha direto do professor. Sem entrar em detalhes, o grêmio também me puxou bastante energia, sendo que boa parte do tempo eu estava cuidando dos interesses da escola ao invés de me preocupar com os trabalhos e com a matéria. Esse ano tenho dormido mal todos os dias, pelo menos os que eu precisava acordar cedo. Eu diferentemente de muitos jovens, faço coisas próprias que se não forem feitas diáriamente, minha vida se torna desestimulante, e não cumprida. Como exposto no Blog, eu sempre estou envolvido em alguns projetos pessoais paralelos, que muitas vezes perdem espaço para o meu trabalho e para escola. Contanto, com a minha entrada no grêmio, essas tarefas cresceram, por alguns fatores eu venho dormindo cada vez mais tarde, e acordando cada vez mais estressado. E muitas vezes, meus projetos ficam para trás, me fazendo perder o foco de todas outras coisas.
            Esse ano também tenho encarado algumas pessoas em minha sala, tendo que agir como psicólogo, e suportar mentiras e essa carga pesada que me retirou o resto de entusiasmo que eu tinha. A escola sempre me pede para eu ajudar com alguma coisa, já que eu trabalho com as edições de imagem e design, eu não vejo problema em ajudar, porém poderiam considerar um pouco mais e cobrar um pouco menos. Em outras partes, eu sou um pouco azarado, como mantenho centenas de pensamentos alelos, mesmo anotando-os, o excesso de informação me faz esquecer dos meus próprios desígnios que acho importante, quanto mais lembretes escolares e trabalhos, eles praticamente passam despercebidos da minha memória, por causa desse congestionamento mental, sem citar que os planos pessoais diversos acabam ficando em último plano, isso é desgastante pra qualquer um.
            O que falo não deve ser entendido como uma reclamação obstante, onde o que eu critico é o que funda a dificuldade em certos pontos. Mas sim o entendimento, de que, nota não é a única prova que um aluno é responsável, ou inteligente, ou possui mais conhecimento ou Q.I. O que defendo, é que todo sistema existente possui uma falha, uma brecha que sempre vai abrir sobre um determinado aspecto. O sistema escolar, por mais competente que seja, irá conflitar com algum aluno, em personalidade ou em termos de vivência. E o que a escola precisa, é estar receptiva a moldar-se para atender esses alunos específicos. Não me coloco como um, sou apenas mais um. Porém, não acredito que haja equilíbrio entre disciplina, consideração e bom senso. O melhor ensino é aquele que leva o aluno a aprender algo maior, e não o que limita e se limita a um curto período de tempo.

Por Marcos Vinicius de Moraes

Conteúdo autêntico de Marcos Vinicius de Moraes | Brazil, Ribeirão Claro - PR.

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