Rumos do Tempo

Quantas vezes abafei meu choro
Em eternas noites vazias
Sozinho, caminhei lentamente no escuro
Onde nem a própria lua se via.

Gritei, gritei alto!
Mas parece que ninguém ouviu
Eu tentei não acreditar
Em seu pobre sentimento frio.

Hoje aqui estou outro
Posso melhor respirar
Pois amigos, fielmente ajudaram
Ainda ganhei alguém para amar.

Mas posso ainda amar?
O que significa esse sentimento?
O que adianta eu me importar
E isso voar, fugir com o vento.

Mas volto a ser positivo
Aliás, a vida derruba por prazer
Como já disse, tenho agora um motivo
Sinto que quero te proteger.

Vou acreditar nesse conto
Vou conseguir um encontro
Nele vou conhecer a ti e a mim
Onde posso viver, sem lembrar de um fim.

Mas sou sincero, tenho medo
Medo de minhas palavras te ofenderem
Pois se eu errar, se eu te inportunar
Como vou saber, como vou acertar?

Agora espero um anunciado repente
Deus sabe meus passos, conhece o que faço
Onde sigo agora em diante, olhando pra frente
Vivendo em laços, soltando-me da corrente.

Não deixe o tempo passar
O relógio está contando
Nada pára, em qualquer lugar
O que está esperando?


Por Marcos Vinicius de Moraes.

Conteúdo autêntico de Marcos Vinicius de Moraes | Brazil, Ribeirão Claro - PR.

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